Pisos industriais são submetidos diariamente a tráfego intenso, cargas concentradas, impactos e variações térmicas. E por mais robusto que o projeto pareça, falhas de execução ou dimensionamento podem comprometer a estrutura com o tempo.
Neste artigo, você vai conhecer 3 patologias comuns em pisos industriais e, mais importante, como evitá-las na prática.
1. Fissuras por retração plástica
O que é:
São trincas superficiais que surgem poucas horas após a concretagem, quando a água do concreto evapora rapidamente e o volume do material reduz antes de ganhar resistência.
Causas principais:
Ausência de cura adequada
Altas temperaturas ou vento direto sobre a superfície
Dosagem inadequada de água no traço
Como evitar:
✔️ Realizar cura úmida logo após o acabamento superficial
✔️ Proteger a superfície contra vento e sol excessivo
✔️ Seguir o traço recomendado pelo projetista estrutural
2. Trincas localizadas sobre juntas mal posicionadas
O que é:
Fissuras que se concentram próximas ou exatamente sobre juntas mal planejadas, indicando falha na liberação das tensões naturais do concreto.
Causas principais:
Espaçamento entre juntas muito grande
Juntas mal detalhadas ou com profundidade insuficiente
Execução fora de tempo (corte tardio)
Como evitar:
✔️ Seguir rigorosamente o projeto de juntas
✔️ Respeitar espaçamentos máximos e tipos de juntas de acordo com o piso
✔️ Cortar as juntas no tempo certo, preferencialmente nas primeiras horas após a concretagem
3. Desgaste superficial prematuro
O que é:
Perda de resistência na camada superficial do piso, levando a desagregação, exposição do agregado e pó constante.
Causas principais:
Concreto com baixa resistência superficial
Acabamento incorreto (queimado mal executado)
Ausência de endurecedores ou proteção química
Como evitar:
✔️ Escolher o concreto adequado ao tipo de tráfego previsto
✔️ Aplicar endurecedores químicos quando necessário
✔️ Garantir mão de obra qualificada no acabamento
Pisos industriais exigem precisão técnica desde o projeto até a execução. Cada etapa tem impacto direto na durabilidade e no desempenho da estrutura.
Entender as patologias mais comuns e saber como evitá-las é o primeiro passo para obras mais seguras, econômicas e duráveis.
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